CATÉGORIE DE NOTICE : AGENCY

Agency

Cette notice sur agency retrace quelques éléments du débat qu’entame la traduction de ce terme en français et en portugais brésilien, traduction qui souligne encore davantage son caractère polysémique et élargit les réflexions conceptuelles que ce mot produit. Pour ce faire, nous commencerons par exposer les difficultés de traduction, qui enrichissent le débat conceptuel sur l’agency. A partir d’un exemple tiré de la fiction, nous verrons comment l’agency peut se déployer dans des pratiques qui peuvent sembler contradictoires, suscitant de nouvelles perspectives sur ce concept. C’est ainsi que nous proposerons d’utiliser «marge de manœuvre» comme une traduction privilégiée pour rendre compte de l’agencyen dépassantles binarités stériles entre résistance aux normes et passivité.

Esta entrada de dicionário versa sobre o conceito de agency. Ela recupera e sistematiza o debate teórico que esse termo mobiliza quando traduzido para o contexto francês, que contribui nareflexão de sua tradução para o português do Brasil. Esse trabalho de tradução, tal qual empregamos aqui, explora prioritariamente o caráter polissêmico e amplia as reflexões conceituais que o termo produz. Para tal, começamos expondo as dificuldades que essa transferência entre línguas e contextos implica e como ela enriquece seu debate conceitual. Emseguida, a partir de um exemplo do cotidiano,tirado da ficção, veremos como o termo agency pode se desdobrar em práticas que parecem contraditórias, suscitando novas perspectivas. Propomos então a utilização da expresssão “margem de manobra” como uma tradução privilegiada, mas não definitiva, para dar conta de sua complexidade e transpor a oposição entre resistência e submissão.

This entry on agency reflects on elements of debate surrounding the translation of this term into French and Brazilian Portuguese. Translating agency underlines its polysemic character andbroadens the conceptual horizons tied to this word. Our note begins by identifying difficulties with this translation, which enrich the debate on the definition of agency. Using an example drawn from fiction, we will explore how agency can be deployed in practices that may seem contradictory, giving rise to new perspectives to understand thisconcept. We will argue in favor of using “marge de manoeuvre” (margin or room for maneuver) as a privileged translation in order to account for how agency can go beyond the sterile binaries between resistance to normsand passivity.